28/02/2009

Dos ARRÓNIOI ou ARROTREBAS, por Higino Martins Estêves - I

Martins Estêves, H.: As tribos calaicas. Proto-História da Galiza á luz dos dados linguísticos. Barcelona: Ediçoes da Galiza, 2008. pp. 63-65

ARRÓNIOI ou ARROTREBÃS
1. Fontes
Aclarada a confusom, de ártabros com arromios ou arrotrebas, de categorías diversas, consideremos os últimos, que é que som tribo. Só Estrabom e Plinio os ementam.

Estrabom (III 3, 5) declara que “no nosso tempo aos ártabros se atribuiu o Nome de arrotrebas” A mesma confusom que em Plinio. Este (IV 111), ementando as tribos da costa-norte, de leste a oeste, diz: “iadovii arronii arrotrebae”. Situa-os logo ao oeste dos iadovii, que ocupavam a beira destra da ria de Ortigueira. Ementa-os tambén em IV 114, onde confunde e nada acrescenta: “et ibi gentem Artabrum, quae nunquam fuit, manifesto errore. Arrotrebas enim, quos ante Celticum diximus promunturium, hoc in loco posuere litteris permutatis.” Dessa confusom vem pô-los mesmo na Costa da Morte. Por evitar mais perplexidade, adianto a opiniom de eles chegar no occidente até o rio Mendo. Despois viriam os BRIGANTES-birgantini, que eram ua verdadeira tribo.

2. Etimoloxía de arronii
O duplo I final é da nossa lectura; nos códices nom se vé, mas, qual dissemos, nos de Plinio simplificam-se regularmente nas séries de vocábulos peregrinos. Tanto arronii quanto arrotrebas (e os arros medievais) vêm do protocélt. ARSO- “másculo”, da raiz ie. ers-. As formas breves, qual o arciprestado de Arros e o primeiro membro de arro(trebas), suponme o valor “macho”, coerente com o dos nomes tribais, de usual alarde guerreiro (nerii “viris, de gra força viril”, gaulês andecavi “muito fortes”, etc.) Arronii, célt. ARRONIOI, como os paralelos gregos, será “masculinos, bem másculos”.

3. LIMITES
Postos por Plinio na costa nordeste da provincia da Corunha, primeiro linde é o mar. Desde o leste, na costa onde começa? A locaçom dos iadovii na Estaca de Bares faz probable linde leste a ria de Ortigueira e o rio Mera. Deixando ora a etimologia da primeira, a de Mera firma a suspeita. Como amiúde nos rios Galegos, é um adjetivo femenino, epíteto da deusa, que para os avoengos pagãos se manifestava nos rios. O adjetivo céltico é MERO- “louco, extraviado, violento”, com muito eco em gaélico: mer “fou, égaré”, mire “folie”. Se os mapas dâm certos, a fonte do Mera está no monte Cajado. Daí a linha viraria ao oeste, deixando fora as Pontes de García Rodrigues e Monfero, quer dizer, a comarca do Alto Eume, ainda hoje floresta pouco povoada, também conhecida como pais de Monte-Negro, nome este que traduz o DUMMON céltico deduzido da etimologia de Eume. A parte próxima do vasto bosque deserto era contudo esfera de influência dos arronii. Influência laxa como sugere o nome de Pena dos Ladrões, monte perto da fonte do Mera. O lat. Latrones nom era “ladrões”, sim “guerreiros mercenários, livres”, ûa realidade social refletida nos fenianos do ciclo do Leinster, ás vezes qualificados de proscritos, ao recusar a lei tribal e constituir bandos militares livres similares aos dos cosacos.

Outro Nome significativo de Monte-Negro, rasto da laxa presenta fronteiriça dos arrónios, é a aldeia de Almigonde, a uns 5 km ao oeste das Pontes de Garcia Rodrigues. Do célt. ALMI GONITI da Batalha (ou Matança) do Álamo (ou Ulmo)”.




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