4. Clãs ou gentilidades
No medievo abrangia os arciprestados de Pruzos, Besoucos, Trasancos, Labacengos e Arros. No sul, entre Mandeu e Eume, Pruzos seria BRUTIOI, part. Do verbo BERW- “ferver”. Besoucos (Bez-, Bisaucos), entre Eume e Júvia, pôde ser WIKI AUKOI “descendentes do clã”. Trasancos, arcediagado às vezes, entre as rias do Ferrol e Cedeira, virá de TARESANKOI “os que atravessam (a ria)”; este valor nom acorda com nome de clã. Arros, na parte mais setentrional, é também duvidoso por coincidir com o nome tribal. Labacengos, imediatamente debaixo dos Arros, em Moeche e as Somoças, vem de LAPATIENIKOI “de LAPATIENA”, “da terra de LAPATIA”. Esta será a Λαπατια Κωρσυ-κρσν (Ptolomeu II 6, 4) lida por Müller (outros códices trazem Λαπατιακωρσυμ, óbvio lat. Lapatiacorum g. Pl., cujo nominativo Lapatiaci é do célt. LAPATIAKOI). LAPATIA é reflexo britónico de LAKWATIA “terra de lagos (ou rias, fiordos)”. O calaico AMBILOKWOI (αμϕιλοχοι) contém o célt. LOKU n. “lago, ria”, cf. gaél. loch (o brit. lagen é var. dialetal célt. LOKU n. “lago, ria”, cf. gaél. loch (o brit. lagen é var. dialetal conservadora do vocalismo mais geral A).
5. Cidades
Ptolomeu (II 6, 22) cita ao menos duas, Λιβοθνκα e Καρονιον. Este Karónion será “oppidum de KARONOS”, teónimo tirado do adj. KARO- “amante”, de sentido ativo diverso do do lat. Carus; logo “castro do Divino Amante”. Vive na vila de Carinho, que vem da variante KARENIO-.
Libunka-Λιβοθνκα será LEBUNKA, do ie. leubh-enka “amada”, mudado o uau, cf. ASTUROI (<> gaél. búaid) sói traduzir-se “Vitoria”; mais exato é “vantagem; proveito”. No outro, ONON (> gaél. on n. “defeito, falta”). Boebre está ante a ria, longe da foz do Eume; Ombre no curso inferior do rio. Pairava aí o mito medonho do Alto-Eume (DUMMION ou Monte-Negro). Ali onde o territorio se estreita, a gente recusaria morar na vizinhança do souto aziago e logo Boebre levava vantagem sobre Ombre, sito na borda.
Enigmático é Centronha. Se prestamos confiança á análise, chegamos inexorablemente ao étimo KENTRONIA, que tem de significar “a do Divino Aguilhom”.
Abundante na Galiza é Andrade. O lugar mais relevante, por ser a origem do famoso nome de familia, é o do concelho desse nome em Pontedeume. Supõe ANDE-RATIS “grande muralha ou baluarte”, com ANDE- intensivo, e RATIS, cf. gaél. ráth, > ingl. rath.
No medievo abrangia os arciprestados de Pruzos, Besoucos, Trasancos, Labacengos e Arros. No sul, entre Mandeu e Eume, Pruzos seria BRUTIOI, part. Do verbo BERW- “ferver”. Besoucos (Bez-, Bisaucos), entre Eume e Júvia, pôde ser WIKI AUKOI “descendentes do clã”. Trasancos, arcediagado às vezes, entre as rias do Ferrol e Cedeira, virá de TARESANKOI “os que atravessam (a ria)”; este valor nom acorda com nome de clã. Arros, na parte mais setentrional, é também duvidoso por coincidir com o nome tribal. Labacengos, imediatamente debaixo dos Arros, em Moeche e as Somoças, vem de LAPATIENIKOI “de LAPATIENA”, “da terra de LAPATIA”. Esta será a Λαπατια Κωρσυ-κρσν (Ptolomeu II 6, 4) lida por Müller (outros códices trazem Λαπατιακωρσυμ, óbvio lat. Lapatiacorum g. Pl., cujo nominativo Lapatiaci é do célt. LAPATIAKOI). LAPATIA é reflexo britónico de LAKWATIA “terra de lagos (ou rias, fiordos)”. O calaico AMBILOKWOI (αμϕιλοχοι) contém o célt. LOKU n. “lago, ria”, cf. gaél. loch (o brit. lagen é var. dialetal célt. LOKU n. “lago, ria”, cf. gaél. loch (o brit. lagen é var. dialetal conservadora do vocalismo mais geral A).
5. Cidades
Ptolomeu (II 6, 22) cita ao menos duas, Λιβοθνκα e Καρονιον. Este Karónion será “oppidum de KARONOS”, teónimo tirado do adj. KARO- “amante”, de sentido ativo diverso do do lat. Carus; logo “castro do Divino Amante”. Vive na vila de Carinho, que vem da variante KARENIO-.
Libunka-Λιβοθνκα será LEBUNKA, do ie. leubh-enka “amada”, mudado o uau, cf. ASTUROI (<> gaél. búaid) sói traduzir-se “Vitoria”; mais exato é “vantagem; proveito”. No outro, ONON (> gaél. on n. “defeito, falta”). Boebre está ante a ria, longe da foz do Eume; Ombre no curso inferior do rio. Pairava aí o mito medonho do Alto-Eume (DUMMION ou Monte-Negro). Ali onde o territorio se estreita, a gente recusaria morar na vizinhança do souto aziago e logo Boebre levava vantagem sobre Ombre, sito na borda.
Enigmático é Centronha. Se prestamos confiança á análise, chegamos inexorablemente ao étimo KENTRONIA, que tem de significar “a do Divino Aguilhom”.
Abundante na Galiza é Andrade. O lugar mais relevante, por ser a origem do famoso nome de familia, é o do concelho desse nome em Pontedeume. Supõe ANDE-RATIS “grande muralha ou baluarte”, com ANDE- intensivo, e RATIS, cf. gaél. ráth, > ingl. rath.
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